Tejubode atrai visitantes e movimenta cidade, a 142 km de Fortaleza.
Giselle DutraDo G1 CE
A festa começa com cortejo. Bonecos de bode e a
batucada são atrações.(Foto: Giselle Dutra/ G1 CE)
batucada são atrações.(Foto: Giselle Dutra/ G1 CE)
Tejuçuoca, a 142 km de Fortaleza, prepara-se um ano inteiro para festejar o animal mais querido da cidade, o bode. A 10ª edição do Tejubode foi oficialmente aberta na sexta-feira (29) e vai até este domingo (31) no parque de exposições da cidade. Uma das atrações do festival, a feira revela quase tudo o que se pode fazer a partir do animal: comida, artesanato, livros, chaveiros, bolsas e até lingerie com detalhes de couro de bode.
A artesã Edmir da Cruz, 41 anos, vende peças decorativas na feira e produziu um pequeno bode para a festa. Ela cobra R$ 6,00 pela obra e acredita terá bom lucro na feira.
José Neto, 54 anos, "o baixinho do couro", faz questão de dizer que fabricou as bolsas para as placas do evento a serem entregues às autoridades. Na feira, ele vende bolsas e sandálias feitas de couro de bode. "Quem compra mais é turista, um público que gosta do regional", afirma.
O festival gastronômico é dos principais atrativos da feira. Em um dos primeiros estandes, pode-se encontrar um cardápio variado feito a base de bode: churrasco no espeto, buchada e linguiça são alguns dos itens mais pedidos. Os criadores do próprio município comercializam as iguarias.
A artesã Edmir da Cruz, 41 anos, vende peças decorativas na feira e produziu um pequeno bode para a festa. Ela cobra R$ 6,00 pela obra e acredita terá bom lucro na feira.
José Neto, 54 anos, "o baixinho do couro", faz questão de dizer que fabricou as bolsas para as placas do evento a serem entregues às autoridades. Na feira, ele vende bolsas e sandálias feitas de couro de bode. "Quem compra mais é turista, um público que gosta do regional", afirma.
O festival gastronômico é dos principais atrativos da feira. Em um dos primeiros estandes, pode-se encontrar um cardápio variado feito a base de bode: churrasco no espeto, buchada e linguiça são alguns dos itens mais pedidos. Os criadores do próprio município comercializam as iguarias.
Carlos Duarte e a linguiça de bode, entre alimentos
derivados do animal. (Foto: Giselle Dutra/ G1 CE)
derivados do animal. (Foto: Giselle Dutra/ G1 CE)
O agricultor Carlos Alberto Farias Duarte, 48 anos, é um deles. Dono de um pequeno rebanho de 20 bodes e 60 ovelhas, durante o ano, ele vende carne e derivados dos caprinos para ser usados no lanche das crianças das escolas municipais. E quando chega o Tejubode, a expectativa é de aumentar em 25% a renda familiar.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente de Tejuçuoca, Paulo César Uchoa Braga, desde o primeiro Tejubode, em 2001, a economia do município começou a mudar. Naquele ano, o rebanho de ovinos e caprinos em todo o município era de cerca de 5 mil cabeças. Hoje, afirma o secretário, esse número chega a 17 mil cabeças. "Praticamente um animal por habitante", garante.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente de Tejuçuoca, Paulo César Uchoa Braga, desde o primeiro Tejubode, em 2001, a economia do município começou a mudar. Naquele ano, o rebanho de ovinos e caprinos em todo o município era de cerca de 5 mil cabeças. Hoje, afirma o secretário, esse número chega a 17 mil cabeças. "Praticamente um animal por habitante", garante.
Má fama do bode
Mas não é fácil criar bode, segundo Carlos Alberto. Ele, que já trabalha no ramo "desde criança", afirma que só insiste na atividade porque o animal dá um bom lucro. "Eles dão trabalho", reclama.
"O bode é muito ladrão. Ele passa pela cerca para comer a pastagem dos outros", diz a agricultora Maria Elisa Pinto Duarte, 29 anos, que também reclama da dificuldade com o bode e diz não ter muita paciência para criar o bicho. Prefere manter um rebanho de 30 carneiros.
Mas não é fácil criar bode, segundo Carlos Alberto. Ele, que já trabalha no ramo "desde criança", afirma que só insiste na atividade porque o animal dá um bom lucro. "Eles dão trabalho", reclama.
"O bode é muito ladrão. Ele passa pela cerca para comer a pastagem dos outros", diz a agricultora Maria Elisa Pinto Duarte, 29 anos, que também reclama da dificuldade com o bode e diz não ter muita paciência para criar o bicho. Prefere manter um rebanho de 30 carneiros.
A fotografia das crianças montadas no bode para
ficar na memória (Foto: Giselle Dutra/ G1 CE)
ficar na memória (Foto: Giselle Dutra/ G1 CE)
Olha o sorriso
Na feira, a fotografia das crianças montadas em um bode custa R$ 5,00. Mas os pais não precisam se preocupar em domar o animal do fotógrafo Elissandro Sousa porque ele é feito de fibra. Sousa conta que participa de diversas feiras de agropecuária nos estados do Nordeste e que pagou R$ 1.500,00 pelo bode feito especialmente para o evento em Tejuçuoca.
Elissandro diz que ganha a vida com isso, apesar de a demanda estar diminuindo. "O pessoal já tem fotos, então, vai fazendo com os bebês que vão nascendo. Mas a concorrência é mínima e vale à pena", afirma.
Na feira, a fotografia das crianças montadas em um bode custa R$ 5,00. Mas os pais não precisam se preocupar em domar o animal do fotógrafo Elissandro Sousa porque ele é feito de fibra. Sousa conta que participa de diversas feiras de agropecuária nos estados do Nordeste e que pagou R$ 1.500,00 pelo bode feito especialmente para o evento em Tejuçuoca.
Elissandro diz que ganha a vida com isso, apesar de a demanda estar diminuindo. "O pessoal já tem fotos, então, vai fazendo com os bebês que vão nascendo. Mas a concorrência é mínima e vale à pena", afirma.
A cultura do bode nos livros utilizados nas escolas
de Tejuçuoca (Foto: Giselle Dutra/ G1 CE)
de Tejuçuoca (Foto: Giselle Dutra/ G1 CE)
Bode nas escolas
A cultura do bode começa cedo em Tejuçuoca. As escolas participam do cortejo que abre o evento e se envolvem na organização da feira. O supervisor escolar da Secretaria Municipal de Educação, Moisés Barbosa, mostra livros infantis, usados nas escolas, que contam histórias com o animal.
"A gente difunde também o Tejubode, que é a marca do município. O bode alavanca a nossa economia". E explica a origem do nome Tejubode: "Tejuçuoca vem do Tupi-Guarani e significa morada do Tejuaçu (um lagarto comum no sertão). Como aqui também tem muito bode, fez-se a junção’’.
A cultura do bode começa cedo em Tejuçuoca. As escolas participam do cortejo que abre o evento e se envolvem na organização da feira. O supervisor escolar da Secretaria Municipal de Educação, Moisés Barbosa, mostra livros infantis, usados nas escolas, que contam histórias com o animal.
"A gente difunde também o Tejubode, que é a marca do município. O bode alavanca a nossa economia". E explica a origem do nome Tejubode: "Tejuçuoca vem do Tupi-Guarani e significa morada do Tejuaçu (um lagarto comum no sertão). Como aqui também tem muito bode, fez-se a junção’’.
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